CETESB prepara especialistas para o cumprimento da Convenção de Minamata-
<div><div><b>Acordo global das Nações Unidas tem a finalidade de proteger a saúde humana e prevenir a contaminação do meio ambiente por mercúrio e seus compostos.</b></div><br><div>Mais de meio século depois, Minamata carrega ainda o estigma da contaminação por mercúrio que, passando de geração para geração, afetou milhares de pessoas, causando a morte de 1.408, além de outras 2.264 que, após longa batalha judicial, foram formalmente reconhecidas pelo governo japonês como vítimas da doença e recebem tratamento e compensação financeira.</div><div> </div><div>Segundo o Centro de Apoio para Doença de Minamata – Soshisha (veja em www.soshisha.org), existem atualmente cerca de 17 mil solicitações de pessoas que pleiteiam ser reconhecidas como “pacientes de Minamata”, no processo conhecido como certificação.</div><div> </div><div>Foi esse episódio que inspirou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA a criar a Convenção de Minamata, em 2009, com o propósito de promover a regulação da importação, exportação e o uso do mercúrio, como medida para prevenir a contaminação do meio ambiente.</div><div><br></div><div><img src=../../img/imagem_486053467.jpg height=300 border=width=400 align=left><br></div><div> </div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>O Brasil, um dos 128 signatários da convenção, vem alinhando esforços com os demais países para controlar e banir o uso desse composto em diversas atividades. Nesse cenário, a CETESB se destaca com ações de monitoramento em águas e sedimentos, pesquisas e treinamento. Além disso, está se preparando para apoiar o cumprimento da Convenção de Minamata, da mesma forma como tem representado a Convenção de Estocolmo sobre POPs (Poluentes Orgânicos Persistentes), oferecendo assistência técnica e promovendo a transferência de tecnologia para os países da América Latina e Caribe.</div><div> </div><div>Com essa finalidade, dispõe de vários especialistas no assunto. Entre eles,<a href=https://www.ntsweb.co.uk/>Rolex Replica</a> o químico Gilson Alves Quináglia, gerente do Setor de Análises Toxicológicas, com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo – USP. Quináglia representou o Brasil no curso sobre a Convenção de Minamata organizado pela JICA – Agência Internacional de Cooperação do Japão, no final do ano passado.</div><div> </div><div>“Uma experiência enriquecedora”, disse referindo aos quase 30 dias passados no Japão, a maior parte em Minamata, na Província de Kumamoto, onde a empresa Chisso Corporation começou a produzir, em 1932, acetaldeído – matéria-prima para produção de plástico - utilizando o mercúrio como catalisador no processo industrial. Durante anos, os resíduos foram lançados na baía contaminando os organismos aquáticos, consumidos pela população. surebraindumps </div><div> </div><div>“Só em 1956 é que se oficializou a chamada Doença de Minamata, quando uma garota de cinco anos foi examinada por causa de problemas neurológicos, com dificuldades motoras e na fala”, explica. Outros casos foram aparecendo fazendo com que o diretor de um hospital reconhecesse oficialmente que havia uma epidemia de uma doença desconhecida, que afetava o sistema nervoso.</div><div> </div><div>Em 1968, o governo japonês admite oficialmente que o lançamento de mercúrio na forma orgânica – metilmercúrio – e a sua incorporação na cadeia alimentar, especialmente os peixes, foi o causador da doença.</div><div>Hoje, a Baía de Minamata foi totalmente recuperada com 58 hectares de sua área aterrada e transformados em parque. Segundo dados oficiais, foram retirados do local cerca de 1,5 milhão de metros cúbicos de sedimento e lodo contaminado com mercúrio. Desse volume, aproximadamente 100 toneladas de mercúrio total foram retiradas do fundo da baía. O custo da obra, ao longo de 13 anos, foi de aproximadamente US$ 400 milhões.<a href=https://www.happywatches.co.uk/>Cartier Replica Watches</a></div><div> </div><div>“O mercúrio está presente em nosso cotidiano em diversas formas, em baterias, lâmpadas fluorescentes, cosméticos, pesticidas, amálgamas dentárias e outros produtos”, alerta o especialista. No Brasil, o lado visível do problema são os garimpos ilegais na Amazônia que ainda utilizam o mercúrio como amálgama para separar o ouro das impurezas. Mas existem inúmeras outras fontes, cujas emissões precisam ser controladas conforme preconiza a Convenção de Minamata, estabelecendo normas para a produção, manufatura, importação e exportação desse elemento químico, entre outras medidas.</div><div> </div><div>Segundo Quináglia, a CETESB já está fazendo “a sua lição de casa” cumprindo, por exemplo, o artigo 14 da convenção que trata da capacitação, assistência técnica e transferência de tecnologia. A sua participação no curso organizado pela JICA faz parte desse processo, preparando especialistas para abrigar o Centro Regional da Convenção de Minamata. </div><div> </div><div>Em fevereiro, a CETESB recebeu representantes da Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Nicarágua e Costa Rica, além de representantes de diversas instituições de vários Estados brasileiros, para um treinamento sobre gestão ambiental de produtos químicos e seus resíduos, focando especialmente os poluentes orgânicos persistentes e mercúrio. </div><div> </div><div>Quináglia, que foi um dos docentes desse curso, aplicou os conhecimentos adquiridos no Japão. Uma das atividades propostas e que despertou muita curiosidade entre os alunos foi a coleta de cabelos para análise do nível de exposição de contaminação por mercúrio.</div><div> </div><div>“Todos doaram cerca de dez fios de cabelo que foram analisados em nosso laboratório. Todos apresentaram níveis baixíssimos de mercúrio, abaixo de 1 ppm (parte por milhão). Para se ter uma ideia, em Minamata, na época em que se constatou o problema da contaminação, os japoneses apresentavam índices superiores a 300 ppm, chegando a até 920 ppm.” Para mais informações sobre mercúrio em cabelo acesse www.nimd.go.jp.</div></div>Fonte: <a href=http://www.cetesb.sp.gov.br/noticia/653,Noticia target=_blank>http://www.cetesb.sp.gov.br/noticia/653,Noticia </a><br>
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