27/07/2016 - Teste com lâmpadas LED aponta qualidade duvidosa em sete marcas
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Teste com nove marcas de lâmpadas de LED realizado pela PROTESTEAssociação de Consumidores provou que elas ainda não são tão boas a ponto de valer o investimento. Apenas duas foram bem avaliadas: Osram Led Superstar Classic A e G-Light A 60 Led. Ainda assim, têm fator de potência baixo (menor que 0,7), o que compromete para se obter mais economia de energia.
A recomendação é não comprar quatro delas: Lexman, Golden Ultraled A60, Ourolux Superled Ouro 100 e Kian Led SMD Classic. Portanto, deixe sua fluorescente em uso até ela queimar. Só depois troque pela de LED ou por aquelas que tenham o selo de eficiência energética. Apesar de serem mais econômicas e durarem mais do que as fluorescentes, essas condições só serão alcançadas de forma geral, quando tiverem o selo do Programa Brasileiro de Etiquetagem.
Para se ter uma ideia, as companhias de energia têm direito de sobretaxar residências com baixo fator de potência pelo alto custo do capital fixo (instalações) necessário na absorção da energia devolvida à rede. Esta taxa é aplicada para todas as residências com fator de potência abaixo de 0,92.
No teste, a durabilidade delas foi menor do que o anunciado pelos fabricantes e a luminosidade pode diminuir muito com o passar do tempo. As seis marcas que perderam muito da luminosidade durante o teste foram: Brilia, Golden, Kian, Lexamn, Ourolux e Philips. Duas amostras da Kian queimaram na simulação do uso por três mil horas – equivalente a três anos –, apesar de fabricantes afirmarem que elas poderiam durar até 25 anos.
No teste do fator de potência (FP), que se refere a razão entre a potência usada para emitir luz e a potência total absorvida pela lâmpada, dos nove modelos testados, oito têm FP abaixo de 0,7. Por isso, são muito ruins. A única que se salvou foi a Philips, com FP próximo a 1. Mas a marca não ficou entre as melhores avaliadas por ter comparativamente, pouca durabilidade e perder rapidamente a luminosidade. Boa parte da potência absorvida é usada para manter o funcionamento dos dispositivos internos das lâmpadas ou sendo reenvida para rede, e não para emissão de luz, que é o objetivo da lâmpada.
A PROTESTE também avaliou que é preciso nove meses e meio para a lâmpada de LED se pagar, considerando o preço mais elevado em relação à fluorescente, e o que permite economizar no gasto de luz por mês.
A avaliação da economia da LED levou em conta o preço de R$ 14 pela fluorescente e de R$ 18,90 pela LED G-Light, a melhor relação custo-benefício do teste. Levando-se em conta que a lâmpada permaneça acesa seis horas por dia num ano, é possível economizar R$ 18,26 na conta de luz, o equivalente a 21,84 kWh. Foi considerada para o cálculo a tarifa de R$ 0,83605/kWh da Light do Rio de Janeiro. Com o uso da LED até o fim da vida útil, a economia atinge R$ 209,02.
A partir deste ano, fabricantes e importadores não podem mais fabricar nem importar lâmpadas sem a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence). Porém, o comércio ainda poderá vender seus estoques antigos de lâmpadas sem a etiqueta até janeiro de 2018. Dessa forma, caso realmente queira substituir sua lâmpada eletrônica pela de LED, prefira as melhor avaliadas ou dê prioridade para aquelas com a etiqueta, quando encontrá-las. |
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